Mais uma vez o MEC demonstra sua deficiência com o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM. Não bastasse o fiasco do ano passado, quando inúmeros estudantes foram prejudicados por questões anuladas, por reexames e até pela precariedade do SISU, que fechou portas para inúmeros jovens que não conseguiram desvendar os enigmas de um sistema tão deficiente.
A culpa não é totalmente do MEC, não se pode negar os avanços nesse Ministério a culpa é dos governantes e de nós mesmos que aceitamos passivamente a negligência no ensino brasileiro. Não é a toa que ocupamos os lugares mais baixos na avaliação internacional.
É vergonhoso um País com em ascensão como o nosso ainda se utilizar de políticas alienantes que defendem a existência de semi-analfabetos votantes e que restringe cada vez mais o conhecimento para alguns poucos. Por mais que a Presidente (não é presidenta), fale aos países do primeiro mundo que se pode mais e algumas outras coisas fáceis de dizer e difíceis de aplicar, se mostra muito leviana na medida em que, quando pratica sua tarefa de casa, corta recursos para a educação e marginaliza seus professores.
Mas a culpa como já citei acima, não reside na Dilma e tampouco é culpa do agora diplomado Lula da Silva, isso é resquício da nossa colonização exploradora que parece que nos impregnou a tal ponto que até hoje o conhecimento parece ser algo inalcançável. Quando na verdade, o aprender é algo do ser humano...
Canso de ver isso semanalmente, quando atendo crianças que sadias me surpreendem ao não saber ler e escrever. Crianças com 08 anos, que se mostram analfabetas. Isso é puro descaso. E para piorar, quando nos deparamos com os alunos universitários, não menos freqüente, encontrar semi-analfabetas, analfabetos funcionais e mais uma gama de sujeitos que nem sabemos categorizar.
E o triste é perceber que o cenário só tende a piorar, como sempre, as coisas sempre caminham nesse sentido. Precisamos de medidas maduras, precisamos de um real valor da educação. Infelizmente o problema da educação é clichê! Algo que já até se tornou banal... E o pior, quando discutimos isso, é vistos como pessoas rasas e sem idéias, pois o discurso do problema educacional se tornou um fator do senso comum.
Situações como a do ENEM só mostram o deficitário sistema de educação no Brasil. Quando observamos o norte nos entristecemos mais ainda... E no nordeste encontramos algumas disparidades também. E tudo isso só gera preconceito, e então ouvimos que os nordestinos são burros e os nortistas são índios ignorantes. Onde está escrito isso? Historicamente observamos uma educação que privilegiou poucos em detrimento de muitos.
O Brasil tem de programar leis mais sérias e coerentes. Objetivar métodos que avaliem de maneira justa nossos jovens. São tantas cobranças e tantos sonhos e quando nos deparamos com entraves na própria seleção, isso é mobilizante. O Brasil tem que aprender a lidar com o problema educacional de maneira real, de que adianta promover alunos incapacitados para séries mais elevadas, criando a espécie de um funil, e permitir de maneira perversa que o mesmo jovem antes privilegiado por um sistema facilitador se veja incapaz de entrar em uma universidade? Cotas e cotas não irão resolver o problema educacional, da mesma forma que bolsas família não irão sanar as diferenças sociais no Brasil
E assim vamos tentando acreditar que as coisas melhorem. Que as crianças tenham mais oportunidades de ensino qualificado e que os professores possam de fato, serem reconhecidos pelo o nobre papel social que cumprem.
TEXTO: Rockson Pessoa
IMGEM: www.dicaspopulares.com.br
4 comentários:
O pior é ouvirmos o coro dos conformados..."Há, isso é Brasil".
Que bom que voltou.
Saudações nordestinas.
Bjo grande e abraço na alma.
Diva L.
Educação sucateada : é essa a realidade.
Beijo, guri.
Olá amigo!!!
Q bom q voltastes..rsrs
Passando por aqui, como sempre, amando ler cada frase.....
Belo fds, pra ti..
bjs
Mas vejam só quem voltou...
É verdade, meu caro.
E me desculpa, mas acho que os avanços na educação brasileira só se resume a números, pois, quanto à qualidade do ensino, ainda estamos no século retrasado.
Grande texto.
Abraço!
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