quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Queimar etapas"


Quem nunca quis queimar etapas? Quem nunca teve a angustiante vontade de abrir as cortinas do tempo e com isso tentar "espiar" o que o futuro nos reserva? Não nego que hoje tal vontade de conhecer o futuro se apossa de mim... Num misto de pânico e curiosidade! Não que queira dar minha mão para pseud-leitura e nem tampouco me espelhar em bola de cristal, mas queria saber os rumos dessa velha caminhada... Queria saber como serão meus filhos e a minha futura real aparência! Buscar compreender o significado da poeira que levanta em cada novo passo dado. O passado já passou e passa... De maneira relaxada e a tensão só se observa na eterna espera pelo novo que sempre teima em se atrasar...

Como será o amanhã e o que ele trará para mim? São tantos pensamentos, são tantos desejos que meu peito acelera... Mas a verdade é que o futuro é um eterno segredo e tenho que me contentar com isso...

Queria ao menos dar uma espiadinha (risos), nem que seja pela fechadura... É só me resta cerrar os olhos e imaginar coisas boas... Paz e felicidade, pois quem sabe desta maneira, possa desenhar meu futuro tão desejado. Cerro os olhos então e minha mente voa nessa minha busca desenfreada por realização

Quem sou.


... Verbalizar desatinos e buscar colocar amenidades no papel é algo fácil. Da mesma maneira que ocultar a face com uma máscara instigante!

Quem eu sou... Prefiro não comentar, afinal sou o mais suspeito de todos, logo responderia de maneira enfeitada sobre minha pessoa.Rabiscos e desenhos... A diferença se faz na mão de quem os cria! E na minha seria uma caricatura boa de se apreciar (risos), não haveria falhas e nem defeitos. E coloridas virtudes seriam notadas! Digo apenas meu nome... Esse não foge da realidade, é uma descrição fiel de mim, das minhas origens e está na certidão como prova irrefutável...

Num mundo de pseudo-beleza... É compreensível devotar qualidades que se acha possuir e ignorar defeitos certos de haver ter (risos)

Quem eu sou... Não cabe a mim descrever! Deixo os depoimentos de amigos que me conhecem, esses sim, podem expressar de sua maneira minha real imagem e identidade!A verdade que pode ser dita, é que poucos me conhecem... Não pela máscara, não pelo disfarce! Mas sim por me reservar o direito da discrição! Minha vida é um livro aberto, mas o idioma da página é desconhecido para muitos.

Quem sou eu...
Quem sou eu!
Quem sou eu?

Estranho a mim mesmo... Um dia alguém no outro um novo personagem! Não que possua várias faces, mas assumo os personagens que o destino me presenteia e represento cada um deles no teatro da vida...

Quem sou? Não importa... Importa é que me conheças! E assim dessa maneira possas... Me escrever um depoimento sem mentira pressumida. E assim quem sabe, eu ganhe mais uma pincelada na caricatura da minha vida...

Será que devotará minha real criatura? Ou apenas espelhará a desejada candura... Que todos almejam ter....

Quem sou...
(Só reflexão)

Rockson Costa Pessoa

Sutileza


Toques singelos
Encontros incertos
Estranheza charmosa de olhar

Suspiros profundos
Pavor moribundo
Espanto confuso de pensar

Olhares tingidos
Sorriso aflito
furtivo momento de pensar

Seda em tecido
Palidez de vestido
Tua pele em sensação de tocar

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Instrospecção


Um pouco mais de tempo...
São palavras, são momentos
Que preciso ter enfim.

Um momento de silêncio
Das alegrias e tormentos
Que a vida tem pra mim

São breves sentimentos
Um eterno descobrimento
Do que se pode neste fim

É silêncio e poesia
Um aprender por nostalgia
Dessa vida... louca vida minha

Olhos


Miro teus olhos
Reflexo tenho...
São apenas momentos
De fitar o que eu amo
Estranhos em abandono
Olhos tristes...
Por fim eu fito

Miro teus olhos
Um doce momento
Olhos vivos de lamento
Por de mim estar bem longe
Não me julgues leviano
Pois meus olhos também choram
No escuro... No ilusório
Tristes... muito tristes
Meus olhos

Miro teus olhos
Com uma saudade eterna
Um suspiro na caverna
Do desejo camuflado
Um misto de pecado
Por querer olhos tão belos
Um pesadelo que não nego
Sentir descompassado

Miro teus olhos
Sem desprendimento
Se é medo... Eu só lamento
E já cerro enfim minha vista
Saiu e parto da tua vida
Mas os olhos carrego comigo
Não de maneira física já te digo
Mas carrego na lembrança
Na saudade de criança
Dos olhos que em mim
Marcam para sempre
São espelhos reluzentes
De um passado bom que vivi
Se chorei ou se sofri...
Não cabe a mim responder
Pois meus olhos já o querem dizer
Nessa lágrimas que insistem em correr
Pela pálida face que fica
Como um presságio de saída
Tristes olhos....
Larguei da vista

Verso do chão


Da flor da terra
Brota sentimento
Ligeiro frescor de rebento
Nasce assim breve momento

Do campo brota
Saudade de vida
Pequenas paragens sentidas
Doce aroma de cor e de vento

Da terra que emerge a flor
Não mensão de ódio ou pavor
Há porém um despertar manifesto
Um acorde do universo
Força bruta que cega

A relva que cobre a campina
Desprende-se da colina
E até o além... Segue
Desperto do sono confuso
Um amante moribundo
Do triste fim que persegue

Toco nesta terra
Posso sentir o pulsar dela
Nesses estranhos fragmentos
São desejos e pensamentos
De uma semente lançada
Sou ferida na lava
Uma perspectiva inabalada

O Mar e areia


O mar ligeiro chegou na praia
Deixou a areia descoberta
E a beijou sem frescura
Um selinho de candura
Um amor mera loucura
Era o mar e areia nua

O mar correu para a areia
Como que com braços mágicos
Abraçou a amada...
Ondas e fantasiosas braçadas
Pareciam um dançar de bela valsa
A areia se entregou nas ondas
Das águas do revolto mar
Agora enamorados...
Era um eterno encontrar

O mar e a areia
selaram um pacto apaixonado
E no fim da tarde... O mar não se faz revoltado
Pois para a amada se prepara para o encontro apaixonado
E o mar silencioso dá os braços
Para saudar o encontro tão esperado


O mar e a areia
Amor e fantasia...
Não se sabe!
Mas que o mar beija a areia não há que duvida
Beijos enamorados... Como se fosse a primeira vez
Que se encontram apaixonados
No eterno ir e vir
Do saudoso e gostoso...
TALVEZ do mar do acaso

Vira-lata



Viro-lata
Como lixo
Não me deixo
Rotular nem por carinho
Minha raça...
Eu mesmo crio

Viro-lata
E mordo forte
Não me entrego por mero sorte
Afinal sorte é para aprisionado
Em fáceis dogmas do passado
Sou comum, mas sou letrado

Viro-lata
E sujo tudo
Rasgo os assuntos absurdos
Pois na minha lixeira cuido eu
Só porque eu sou plebeu...
Não tenho direito a passaporte?
Pois Andar em comum transporte...
Mas onde vais eu vou também

Vira-lata
Isso eu sou
Sou amante e sofredor
Mas pelo menos vivo
Não ando de laçinhos
E não me escondo em títulos
Sou uma mistura de sentidos
Que bom...
Posso ser tudo que sinto
Sem pedigree e sem carimbo
Sou eu de mim mesmo
Autêntico no espaço
Vira-lata....
Misturado

Sou eterno devotado
Do sentir-se especial
Não me tenhas por normal
Se não tua casa miro e tal
Me vejas por canino
Um inteligente cachorrinho
Que pode balançar o rabinho
Mas nem sempre é cordial

Mordo e mordo
Já disse e repito
Sou vira-lata e não gatinho
Eu lato e não mio
Por isso me deixa passar
E seguir o tino
Não te incomodarei nem um pouquinho
Viva tua vida e segue teu rumo
Pois tenho minhas latas
E isso me basta
Não viverei de mesada....
Minha boca uma sacola já rasga

O que é amar?


O que é amar?
Será jurar amor pra sempre
Sem se deixar levar...
Levar pelos caminhos oblíquos
Da vida em frente ao mar

O que é amar?
Será cantar canções na chuva?
Será comprar presentes em furtivas
Necessidades de estar...
Na cabeceira lustrosa do quarto
De quem se espera encantar

O que é amar?
Será chantagem barata?
Será aprisionar com belas palavras
Ou seria apenas fingir um ar apaixonado
Ser um peixinho apaixonado...
Ao soltar borbulhas de amor no porta-retrato

O que é amar?
Seria viver de esperar?
Esperar pela pessoa certa?
Com os mesmos sonhos e mesma coberta
Ou seria arriscar-se em fúrtivas descobertas
Na perdida e anônima noite...
Noite enluarada em seresta

O que é amar?
Será que sei?
Será que vem escrito em japonês...
Ou em língua alienígena
Será que tem gosto de salsicha?
Ou se vende em taberna clandestina
Não sei...

O que é amar?
Interessante pergunta
Só não vou pegar a bermuda
Porque não é tão curta a dúvida
Porque amar...
É para mim via dupla
Onde corações se encontram
Sem raiva ou multa

A flor e o escorpião


Um dia a flor encontrou o escorpião
Era um espinho e um ferrão
Que travaram uma luta
Um embate na escura
Calada e fria noite
Solidão

O escorpião picou a pétala
Esta se viu indigesta
Pela dor que logo sentia
O veneno lhe deu um tom meio cinza
Mas era uma pétala a mais que se desprendia
Vida

A rosa furou o escorpião
Este sofreu com o espinho
Que desferiu fatal golpe desatino
Pois cabeça não se troca
Assim o escorpião sofreu derrota
E morreu sem entender a moral da história
Pois a morte está na porta
Não existe negociar e nem volta


O frágil nem sempre é pobre coitado
E pétalas logo nascem ...
Mas os espinhos na verdade
Esses caem e se perdem
Na carne... Nefasta carne em que aderem
Causando dor e até morte...
Daqueles que valem da sorte

Cuidado escorpião
Pois até com teu aguilhão
Podes perder em combate....
Te parece insanidade
Mas é a dura realidade da c0nstatação
Pois o fraco na verdade
Faz uso....
De reparação

A flor e o escorpião
Duro e triste embate
Quem perdeu na verdade?
Não sei dizer ao certo
A flor continua no deserto
O escorpião...
Esse ao certo virou eterna saudade

Andarilho


Vago pelo mundo
Sem companhia ou bagagem
Estranho de viagens
Sigo meu rumo sozinho
Um andante em desatino
Andarilho

Viajo nos desertos
Sem guarda-roupa nem supérfuluos
Deixa pegadas na areia
Um errante de carteira
Carteira sem documentos e lenço
Um pedaço d sentimento
Andarilho

Transito nesses mundos
Enlouquecendo nos frios profundos
E me aquecendo em corações empolgantes
Não me chame pelo nome
Pois não existe nem apelido
Andarilho

Vago e assim vivo
Sem tristeza nem sorriso
Olhar sério e vou partindo
Já deixei um saudoso livro
Que me intitula com carinho
Andarilho
Não

Rosas

Sinto o cheiro das rosas
Rosas de todas as cores
Assim como velhos amores
Ficam pétalas de sentimento
Amores que se vão no vento
Amores que ficam no chão

Sinto o cheiro das rosas
Um frescor inebriante
Cores de diamante
Que riqueza alguma paga
São bonitas, lindas... Raras
Rosas e não se fala mais nada

Sinto o cheiro das rosas
Que plantei no peito
De noite no travesseiro
Choro por lembrar de todas
De todas que beijei a boca
Das rosas que enfim se foram
Eram lindas, vivas e moças
Rosas na vontade louca

Sinto o cheiro das rosas
Que agora já não tenho
amortizei nos pensamentos
Ah rosas que para longe ficam
Sentirei falta das carícias
De tais pétalas lindas e vívidas

Rosas...
Simplesmente lindas
Ficarão na minha vida
Como espinho impetuoso que implica
Implica em rasgar a carne macia
Do coração saudoso que chora...
Lembrando das belas rosas
Linda rosa da minha vida

terça-feira, 28 de abril de 2009

Céu

Já reparou no céu de hoje?
Já viu que beleza qúe se apresenta nesta noite?
Por acaso não vê esse tapete enegrecido?
Abra os olhos!
Sim...
Abra os olhos e veja
Não é o cotidiano que espreitas
Observas o mágico do acaso...
Párticulas que juntas compõe novo cenário
Do antigo e certo luar apaixonado

Contaste as estrelas hoje?
Ainda há tempo para tal
Não se preocupe com rugas ou com o mal
Que se esconde no escuro...
Nos recôndidos do teu muro
Não há espaço para medo
O belo tem seu preço
Mas se sinta emoldurado
No infinito do espaço...
Espaço sem frio ou medo vago
O luar que à você é dado
Sem preço nem pecado

O céu que lindo está!
Não me digas que não há
Beleza maior que esta...
Sentir o pavor das lágrimas certas
No frescor do vento que toca
No tremor da tua vista que embota
Com tamanha beleza da noite...
Um leque de estrelas dolores
Num infinito espeto de cores
Ah.. Que beleza negra que existe
Não arriscarei mero palpite
Pois não quero estragar o momento
Sem remorso nem arrependimento
Fico a fitar negra noite...
Um iluminar de amores
Amores que negros ficam

Observas a beleza?
A beleza do luar que se vê!
Estrelas no céu posso ver'
Poderia assim ficar até novo dia
Clarear com a luz que vem fina...
Apontando que o novo começa
Portanto já me enfio em coberta
Para lembrar na noite que fica...
Não quero luz nem cortina
Só quero a noite infinita
Aquela que de longe aprecia
Minha vã mera vida....

Que saudade é essa?

Que saudade é essa que tinge meu peito?
Roupa velha de guarda-roupa
Chamariz de pouco boca
Ah saudade....
Que arde no peito
Não me enfrentes pois tenho medo
De vazar meus olhos por teu efeito

Que saudade é essa?
Uma ligeireza na certa!
Não... Essa saudade é deserta
Um navio que perdido navega
Uma chama que arde em capela
Saudade, pura saudade...
Não sentir-te é falsa verdade
Mas por que?
Mas por que tanta verocidade
Não podemos conversar sem maldade?
Ah saudade...
Não me deixe enlouquecer em minha vaga sanidade

Que saudade é essa?
Torna a questionar
Um delírio ao se amar?
Não... É redomoinho acalorado
Um tsunami desalmado
Saudade....
Ah saudade...
Não me tenhas como culpado
Pois amar não é presságio
Amar é se emaranhar no cobiçado
Mas por favor saudade
Me deixe no teu armário
Nas prateleiras do inventário
do teu móvel do passado
Saudade enfim te peço
Dai-me a liberdade...
Não me tenhas por metade
Deixa eu seguir sem tristeza e sem maldade
Pois amor esse sim, quero ter de verdade.

Não me pergunte

Não me pergunte como vou
Afinal só vou indo
Sem loucura ou desatino
Sou errante e andarilho

Não me pergunte o que faço
Não sou novo ou desbotado
Apenas produto sem inventário
O usado e aprimorado

Não me pergunte o que sou
Não há descrição nem comentário
Sou um amante alucinado
Estranho de mim mesmo e obrigado

Não me pergunte do passado
Quem morreu tá enterrado
Sou presente incontestável
Dar-te-ei meu calendário

Não me pergunte....
Não me ignore
Sou o suspiro do que dorme
O sorriso depois que sofre

Longe do ninho

Onde estou me pergunta?
Estou a voar pela vida
Longe de casa e da família
Um passáro livre
Que segue sua trilha

Onde estou continua a pergunta?
Por acaso não entendes a minha aventura?
De voar em terras distantes
Em minha eterna busca...
De curar velhas mágoas
Conquistas futuras

Ainda não entendeu a minha labuta?
Então não sabes nada da vida
Afinal sou ave partida
Que se vê em pleno vôo de despedida
De abandono dos meus
Uma eterna ferida...

Onde estou era a pergunta?
Nem sei onde estou é a verdade dura
Longe do ninho...
Talvez voando em candura
Nem sei definar tal loucura...

Mas digo que estou a voar na altura
Na altura do desafio que é estar nesta aventura
Sentir-se longe de casa...
Viajar sem frescura...
No frescor de sentir a vida como
Limonada e fruta

Estou longe do ninho
Oh absorta e dura realidade
Amar agora é saudade
Voar enfim... Essa é minha cidade

Te esperei na madrugada.

Te esperei na madrugada.
Rosas na mão e uma luz apagada
Nada de sereneta...
Apenas eu na calçada

Te esperei na madrugada
Uma roupa legal e no rosto a barba
Para recordar do bom tempo...
De namoro em casa

Te esperei na madrugada
No absurdo silêncio da rua enluarada
Um sentimento profundo...
De sentir-me mais que nada

Te esperei na madrugada
As rosas murcharam e já não valem nada
Olhos molhados...
De chorar pela vã jornada

Te esperei na madrugada
Não apareceste nem na sacada
É engolir o pranto...
Chorar não dá em nada

Te esperei na madrugada
E já parto agora para casa
Só peço que guardes...
As rosas mortas na calçada

Falar das estrelas...

Não nego que a vontade de escrever a muito se foi! Talvez tenha ficado guardada em alguma gaveta da minha vida (risos), mas tudo bem – dá-se jeito para tudo, até para vontades e desejos...
Gostaria falar do abstrato e das coisas que agora não tenho. Coisas como essa vontade enorme de querer crescer e vencer... Falar dos sonhos que assim como nuvens não podem ser capturados por mãos humanas, mas podem ser vistos e admirados. Quero falar dessa vontade absurda que se apodera na calada da noite, vontade essa de escrever e buscar por meio de letra conjugadas, uma idéia que almeja o concreto.

Falar de estrelas....

Falar de estrelas isso consigo (risos), afinal tocá-las não posso, mas admirar... Isso com absoluta certeza posso. Dizem que as estrelas que hoje avistamos no céu, a muito já deixarem de existir, logo só avistamos a luz que uma vez foi emitida por elas! Isso é deverás interessante... Mostra que a idéia de se eternizar não é utópica... Eternizar! Quem não gostaria de se eterno? Uns se perpetuam nos filhos, outros por obras, outros por atos heróicos... Ainda tenho um longo percurso para pensar na forma que encontrarei para enfim me eternizar (risos), prefiro só emitir meus “raios de luz”, quem sabe um dia posso ser avistado (mas confesso: Espero não ser avistado após óbito).

Falar de estrelas....

O bom de falar de estrelas é que elas tem o toque sutil de clarear as noites, logo, meu quarto agora escuro pode se iluminar com as mesmas, nem que seja por um curto e breve momento. Emito raios apenas, sem a expectativa de reflexo! Falar de estrelas e não poder tocá-las, isso soa de maneira perversa, mas é o que me resta nesse meu universo terreno.

Ainda não há vontade de escrever, mas como estrela – cadente, escrevo de maneira ligeira... Sem pressa alguma de chegar em dado objetivo, afinal a estrela emite luz e entrega no passo do tempo o destino de tal investimento. Por isso, escrevo e já vou indo... Para onde vai tal escrita nem me preocupe, algum olho esse texto irá iluminar e que ele traga luz para um quarto escuro.


Rockson Costa Pessoa