quarta-feira, 29 de abril de 2009

A flor e o escorpião


Um dia a flor encontrou o escorpião
Era um espinho e um ferrão
Que travaram uma luta
Um embate na escura
Calada e fria noite
Solidão

O escorpião picou a pétala
Esta se viu indigesta
Pela dor que logo sentia
O veneno lhe deu um tom meio cinza
Mas era uma pétala a mais que se desprendia
Vida

A rosa furou o escorpião
Este sofreu com o espinho
Que desferiu fatal golpe desatino
Pois cabeça não se troca
Assim o escorpião sofreu derrota
E morreu sem entender a moral da história
Pois a morte está na porta
Não existe negociar e nem volta


O frágil nem sempre é pobre coitado
E pétalas logo nascem ...
Mas os espinhos na verdade
Esses caem e se perdem
Na carne... Nefasta carne em que aderem
Causando dor e até morte...
Daqueles que valem da sorte

Cuidado escorpião
Pois até com teu aguilhão
Podes perder em combate....
Te parece insanidade
Mas é a dura realidade da c0nstatação
Pois o fraco na verdade
Faz uso....
De reparação

A flor e o escorpião
Duro e triste embate
Quem perdeu na verdade?
Não sei dizer ao certo
A flor continua no deserto
O escorpião...
Esse ao certo virou eterna saudade

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