terça-feira, 28 de abril de 2009

Não me pergunte

Não me pergunte como vou
Afinal só vou indo
Sem loucura ou desatino
Sou errante e andarilho

Não me pergunte o que faço
Não sou novo ou desbotado
Apenas produto sem inventário
O usado e aprimorado

Não me pergunte o que sou
Não há descrição nem comentário
Sou um amante alucinado
Estranho de mim mesmo e obrigado

Não me pergunte do passado
Quem morreu tá enterrado
Sou presente incontestável
Dar-te-ei meu calendário

Não me pergunte....
Não me ignore
Sou o suspiro do que dorme
O sorriso depois que sofre

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