terça-feira, 1 de junho de 2010

Por que crescemos?


Por que crescemos?


Por que deixamos aquele mundo perfeito? Sim, o saudoso útero materno... Era tão bom, mas daí sofremos o primeiro despejo! Daí choramos... Reclamos, como se pudéssemos ser compreendidos. Como se fosse possível retornar. As primeiras portas fechadas - a primeira lição que as coisas jamais voltam. Antes pudessem voltar como, na fantasia que iríamos adquirir ao longo do desenvolvimento, mas era apenas fantasia. A primeira expressão de reparar o que jamais se conserta.


Por que crescemos?


Por que crescemos para logo diante do sufoco, buscarmos o conforto da infância? Quando queremos voltar e corrigir os erros que jamais esquecemos.


Nunca nos perdoamos... Perdoar-se a si mesmo é tão difícil. Primeiro porque o espelho nunca retruca e segundo porque acabamos por achar que não somos convicentes...


E assim a gente vai envelhecendo...


E continuamos na contra mão... Permanecemos a remar contra a maré, sabendo que isso é inevitável. Somos uma música que logo irá terminar... Como velas que queimam por certo tempo e então restará apenas a lembrança da singela fumaça que somos. Nada somos! Somos apenas uma alma aprisionada em corpos. Somos sonhos que nos impulsionam. Somos a frenética vontade de criar uma história legal, aquela com final feliz!


De fato...


Somos apenas um crescer sem querer.

Uma corrida indeterminada e contínua.

Nenhum comentário: